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Rohmer nunca morrerá!, ou pelo menos enquanto eu viver, se há cineasta que me tocou a um nível que é raro acontecer esse senhor é Eric Rohmer, um brilhante ensaísta, director da mais prestigiada revista de cinema, um dos fundadores da nouvelle vague e dono da mais pura, singela e (convenhamos) perfeita cinematografia.
Apesar da sua idade (faria os 90), há dois anos estreou um filme (Les Amours d'Astree et Celadon, na imagem) que é sinal da enorme radicalidade do seu autor, tudo filmado ao primeiro take, sem ensaios nem nada, cinema puro, virgem, cru. Filme cheio de ALMA, tão imberbe e ao mesmo tempo a escorrer lições de vida, tão aparentemente simples e ao mesmo tempo cheio de inovação (basta lembrar o trabalho digital de A Inglesa e o Duque).
Não só por estas coisas, mas também, até algumas horas Rohmer era o meu cineasta (vivo) de eleição, agora, por imposição biológica perdeu o posto, mas nunca perderá um adorador (ou pelo menos enquanto eu viver, e desta forma manter-se-há vivo, no matter what - ou usando o idioma francês, para que ele, onde quer que esteja, perceba melhor - quel que soit)
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