Tudo isto é muito novo, um novo pedaço de vida. Ainda há pouco estava numa passagem aérea, por baixo de mim: um troço de auto-estrada para Augsburg. Do meu carro vejo por vezes as pessoas que se detêm na passagem aérea sobre a auto-estrada e ficam a olhar, agora sou uma delas. A segunda cerveja já começa a descer-me aos joelhos. Um rapaz coloca um cartaz entre duas mesas, fixando as duas pontas do fio com fita-cola. Vai à volta, grita o grupo da mesa comum, por quem se tomam, diz a empregada, depois a música recomeça, muito alta. O grupo gostaria de ver o rapaz levantar a saia da empregada, mas ele não arrisca.
Só no cinema tomaria isto tudo por verdadeiro.
Só no cinema tomaria isto tudo por verdadeiro.
Caminhar no Gelo de Werner Herzog, traduzido por Isabel Castro Silva
A propósito de The cave of forgotten dreams
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