1.25.2012

Tudo isto é muito novo, um novo pedaço de vida. Ainda há pouco estava numa passagem aérea, por baixo de mim: um troço de auto-estrada para Augsburg. Do meu carro vejo por vezes as pessoas que se detêm na passagem aérea sobre a auto-estrada e ficam a olhar, agora sou uma delas. A segunda cerveja já começa a descer-me aos joelhos. Um rapaz coloca um cartaz entre duas mesas, fixando as duas pontas do fio com fita-cola. Vai à volta, grita o grupo da mesa comum, por quem se tomam, diz a empregada, depois a música recomeça, muito alta. O grupo gostaria de ver o rapaz levantar a saia da empregada, mas ele não arrisca.
Só no cinema tomaria isto tudo por verdadeiro.

Caminhar no Gelo de Werner Herzog, traduzido por Isabel Castro Silva
A propósito de The cave of forgotten dreams

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