Por outro lado este filme tem três ou quatro momentos que são muito memoráveis, um deles será um plano simples do público, iluminado em verde e com a mesma luz o palco, nesta cena, a película ganha uma textura nunca antes alcançada, ganha vida, não é simplesmente uma nova dimensão, é uma nova maneira de sentir o cinema e de o fazer, a par disso, todos os planos estáticos da bateria são primorosos, ver um instrumento daqueles em 3D é quase surreal de tão realista que se torna. Nunca tinha apreciado tanto um instrumento musical, num filme.
Em relação ao concerto propriamente dito, há de factos momentos, em que parece que estamos num local de culto, em que as emoções afloram ao som da música e o que se sente, para além de inexplicável, é mágico, quase religioso, quase transcendental, no entanto estes momentos são poucos, a maioria deles são de facto normais e corriqueiros, limitando-se a mostrar uma banda a actuar, mesmo que esta seja os U2, aqui é o que importa menos.
Para um filme com tanta potencialidade limitar-se a mostrar um concerto ao vivo, com meia dúzia de canções (mesmo que algumas sejam maravilhosas), é de facto pouco, no entanto alguns momentos, são memoráveis, e o produto final é muito apetecível.
Por isto, de facto, não é dos mais inspirados concertos, mas inova, moderniza e inspirará gerações, vale a pena ver, apesar de já ser tempo de começarmos a exigir um filme a 3D que seja a um nível superior, mas penso que já não deve faltar muito (mais um aninho ou dois).
7/10- Interessante
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