A questão já não é o multiculturalismo ou policulturalismo ou o que quer que se seja, tudo isso é passado, esses paradigmas já foram ultrapassados e são agora aceites como básicos e integrantes do que é o melting pot americano e tudo isso transparece em cada segundo de RGM, toda a diversidade americana não é tida como assunto de um filme é sim assumida como ponto de partida, ou melhor é tida (e é o mesmo) como a realidade básica e fundamental desta obra de ficção.
Só passando todos estes issues é que se chega ao mais importante, os actores, as personagens, e a relação deles com o público.
RGM é um exemplo fulcral de qual é a importância do ser humano na obra artística (qualquer que seja a forma) e é através desta assunção tão idealista de uma América já 'multiculturalizada' que se faz uma obra prima.
Tendo personagens credíveis, reais e realistas temos um filme que não nos tenta passar a perna, mas sim dar-nos um festa na cara e dizer-nos: a vida é mesmo extraordinária e a família é um das suas pedras basilares.
Se não é esperança o que se sente no filme então não sei o que será (talvez a simples crença que a vida é tal qual o que se pode pintar dela, desde que se use as cores certas).
Muito para além do estilo:
Faces (música constante e improviso)- Cassavetes
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Festen (câmara ao ombro e os esqueletos nos armários) - Vinterberg
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A wedding (o tema e a forma sarcástica) - Altman
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Margot at the wedding (os problemas familiares entre irmãs) - Baumbach
Temos um filme sobre as cruezas da vida, as crueldades e dificuldades, temos um filme que vive da humanização dos seus personagens, temos um filme que assume os riscos e segue os caminhos mais arriscados e vence-os, passa além do óbvio e descontroi o género, transforma o que poderia ser uma pessegada e cria algo muito superior ao que era espectável, muito melhor do que estava á espera e absolutamente genial.
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Festen (câmara ao ombro e os esqueletos nos armários) - Vinterberg
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A wedding (o tema e a forma sarcástica) - Altman
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