5.06.2009

Um fim-de-semana alucinante

Peço desculpa pela ausência.
Desculpas não vou inventar para esconder o meu relaxamento.
O cinema sim! merece ser celebrado, não as minhas desculpas esfarrapas.
Celebrar o cinema foi então o que fiz no fim-de-semana prolongado que passou.
Obrigado Indie Lisboa pelos momentos.
3 dias, 8 filmes (nem todos no Indie, claro).























Seguem-se apontamentos soltos:

#3 dias (1,2 e 3 de Maio), 8 filmes (This is England, Dernier Maquis, Ricky, Singularidades ... , La Mujer sin Cabeza, Ashes of Time Redux, Amor de Perdição, Encounters at the end of the World)

#Mais do que os filmes que vi, foram os filmes que me passaram ao lado (Tokio Sonata, Ballast, Wendy and Lucy, La Belle Persone, Of time and the city, The pleasure of being robbed, Tony Manero, The Happiest girl in the world, Águas Mil, Ruinas, Waiting for Sancho, Breathless, Un autre homme, os de Herzog e de os Nolot)

#Adorei Ricky (que já está garantido nas nossas salas por uma nova distribuidora portuguesa de filmes independentes - Pantheon que também tem os direitos de Tyson e Dernier Maquis) filme que hei de falar aqui neste espaço, posso dizer no entanto que é daquele género que se gosta ou se odeio (um pouco à la Shyamalan), junta uma visão soturna e depressiva das vidas de trabalhadores fabris em França com a fantasia de uma criança com capacidades invulgares. Para mim um Primor. Em baixo à esquerda

#Tive o prazer de depois da exibição de Dernier Maquis conversar ( mais todos os outros espectadores na sala) com o realizador, Rabah Ameur-Zaimeche, que pertencia ao juri da competição internacional. Curioso e mais que tudo inteligente filme, realizador já experimentado no indie; conclusão: melhor do que ir ver às salas comerciais.

#O último documentário de Herzog (nomeado para os Oscar) é sublime - bem melhor que Man on wire, filme intenso mas vulgar - cheio de acidez social, cheio de ideais, cheio de humor, cheio de intimismo. Em baixo à direita

#O novo filme de Oliveira é uma nova obra-prima. EXTRAORDINÁRIO.

#Amor de perdição é um verdadeiro filme do meio, cheio de contenção, inteligência e exactidão, mas nunca reduzindo a sua plateia a conhecedores exímios ou adolescentes desmiolados; peça muito vendável sem nunca perder o que a caracteriza especificamente. Nunca cai no facilitismo do romance de cordel televiso, nem num tele-cinema sexualizado e incorporado por modelos e actrizes subaproveitadas. Pode não ter a garra que devia, mas vale muito a pena. É disto que Portugal precisa para reaproximar o público dos filmes nacionais - filmes que todos gostem. Em cima à direita

#Ainda não tenho 'palabras' para La Mujer sin Cabeza.

#Ashes of Time Redux é curioso, mas não mais do que isso. Para um realizador como Kar Way é um filme menor, mas para a maioria é uma pérola. Pena ter sido exibido por um projector digital com tão má definição. Em cima à esquerda

#Não gostei especialmente de This is England - a desilusão do fim-de-semana

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