Se há realizador europeu de que gosto é Lars Von Trier, o senhor Dinamarquês que é um dos fundadores do tão amada e detestado (simultaneamente) Dogma 95, corrente de cinema que já nos deu a possibilidade de ver filmes maravilhosos como os de von Trier assim como um filme que estive para comprara no outro dia que é Italiano para Principiantes, ou o estreado o ano passado Dear Wendy.
Mas esquecendo o Dogma e lembrando o mestre, este senhor fez uma coisa que nunca será igualada e que é sem dúvida um dos meus filmes favoritos: Dancer in the Dark, com a senhora Bjork, com o qual ganhou a palma de ouro (ele e ela).
Se não virem, vejam, é perfeição, é cinema, é arte em estado puro.
E é memorável a todos os níveis, quer pelas musicas maravilhosas (dizem maravilhas do senhor Dario Marianelli, que este ano até pôs uma máquina de escrever como instrumento musical - e honra lhe seja feita, porque é de facto maravilhosa a banda sonora -, no entanto Dancer in the Dark não tem banda sonora, ele é a banda sonora, todo o filme é música, e por isso há uma cena de assassínio á pancada na cabeça em que as pancadas fazem parte da música, ou melhor a música faz parte das pancadas), quer pelo contorcer dos géneros e fazer de um argumento de telenovela uma obra-prima.
Mas pelo escrevo hoje é pelo facto de ter descoberto que o período de depressão (coisa comum daquele senhor) do senhor Trier já passou e que sua criatividade tomou rumo e que tem dois filmes previstos:
Antichrist, que é o seu retomar do terror que tinha deixado na série The Kingdom, volta agora com um filme que o IMDB prevê que estreie ainda este ano e que tem como resumo:
A couple mourning the loss of their child retreat to a cabin in the woods, where they soon encounter strange, terrifying occurrences.
A par desse tem ainda o fim da trilogia que iniciou com Dogville e continuo com Manderlay sobre os EUA (ambos editados em DVD em Portugal), chama-se Wasington e prevê-se que saia para 2009.
Sabendo que uma das frases citáveis de Trier é:
"A big part of our lives has to do with America. In our country it is overwhelming. I feel there could just as well be an American military presence in Denmark. We are a nation under a very bad influence, because I think Bush is an asshole and doing a lot of really stupid things. America is sitting on the world and therefore I am making films about it. I'd say 60% of the things I have experienced in my life are American, so in fact I am an American. But I can't go there and vote. That's why I am making films about America."
Ou então:
"A film should be like a rock in the shoe."
Podemos adivinhar que género de filme nos espera, ainda para mais tão perto das eleições americanas.
Sem comentários:
Enviar um comentário