2.01.2010

Tomar atenção: 1 de 3

Numa época de prémios, que invariavelmente prestigiam os filmes comerciais, ou, que pelo prestigio, vão ter sucesso nessa área, é importante virar os olhos para aqueles objectos mais longínquos, também vencedores de prémios, mas a uma escala mais pequena, e que por isso não recebem a visibilidade que outros títulos auguram.

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La Nana (imdb,variety,rotten95)
O quê: Raquel é uma empregada, doméstica e ama de uma família há mais de 25 anos, passando a fazer (mais ou menos) parte da família, isto, até que uma nova empregada é contratada, e Raquel que era uma santa, mostra as suas garras.
Porquê: Nomeado para melhor filme estrangeiro nos Globos (e quase certo na mesma categoria dos Oscars, grande concorrente de Los Abrazos Rotos e Das weisse Band), vencedor de melhor filme e melhor actriz em diversos festivais e círculos de críticos, este foi vencedor do Grande prémio do jurí em Sundance (para o World Cinema) e prémio especial do júri para o desempenho de Catalina Saavedra. Além disto, um filme com uma tagline como: She's more or less family, vale a pena só por isso.

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The Messenger (imdb,rotten90,filmcritic3,variety,Roger Ebert3.5)
O quê: Acompanhamos um militar destacado para uma equipa que anda pelos estados unidos a dar as condolências às famílias dos militares mortos na guerra.
Porquê: Apresentado em Berlim, onde ganhou prémio da paz e leão de ouro para melhor argumento, ficou em águas de bacalhau até ao final do ano até ser estreado nos EUA onde tem vindo a ganhar grande notoriedade, com 3 nomeações nos Independent Film Awards, uma nomeação para os Globos e vencedor de melhor actor secundário e spotlight award pela National Board of review. Woody Harrelson tem vindo a ser o mais homenageado (apesar do realizador Oren Moverman ser digno de nota, que apesar de ser estreante nestas andanças, foi o argumentista de I'm not There), neste ano que é de ouro para o actor que depois do sucesso comercial de Zombieland e 2012, da antecipação de Defendor, este filme indie que lhe vai dar (quase certo) uma nomeação para o Oscar de melhor secundário.

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Humpday
(imdb,rotten79,filmcritic3.5,variety,RogerEbert3.5)
O quê: Dois amigos de faculdade reencontram-se passados vários anos e por uma série de eventos azarados, inscrevem-se num concurso de vídeos pornográficos; depois de muito pensar consideram que a única coisa que lhes resta fazer é ter sexo, apesar de ambos serem heterossexuais e um deles casado.
Porquê:Vencedor do prémio especial do Júri em Sundance (o ano passado) e nomeado para o prémio Cassevetes pelo seu realizador/argumentista/produtor Lynn Shelton. O filme tresanda (no bom sentido, se isso é possível) a comédia indie, filmada sem artifícios, baseia-se exclusivamente na química que os actores conseguem gerir; como é normal tenta-se brincar com os tabus de forma adulta e descomplexada (podemos pensar que é a versão indie e gay de Zack and Miri make a porno), retorcendo os clichés que quase automaticamente surgem no género. Lembrar apenas que o filme é em grande parte fruto de improviso. Tem andado nos calendários com data de estreia há mais de três meses, tendo sido adiado consecutivamente, quem sabe o indie lhe pegue.

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Bronson (imdb,rotten78,filmcritic3,variety,RogerEbert3)
O quê: Bronson é o nome do alter-ego de Michael Peterson, um jovem de 19 que vai parar à prisão e lá cresce para se tornar o mais perigoso presidiário inglês, sentenciado a 7 anos, passa lá 34, 30 dos quais na solitária. Acompanha-se um homem desequilibrado e a sua sede por notoriedade. O filme passeia-se pelo filme de terror, humor negro, gore, sendo no fundo um tratado sobre uma personalidade perturbada.
Porquê: Ao que se conta, Tom Hardy faz uma papel de partir paredes (literalmente), na pele de um presidiário louco; venceu melhor actor nos British Independent Film Awards. O filme foi nomeado para o prémio do Júri em Sundance o ano passado. Realizado por Nicolas Winding Refn (realizador da Trilogia Pusher) e que desde este filme já fez Valhalla Rising (apresentado em Toronto com pouca aceitação), este realizador pelo que se percebe tem um gosto especial por violência (gratuita ?), sendo que Bronson não é excepção.

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Panique au village (imdb,rotten86,filmcritic2,variety,RogerEbert3.5 )
O quê: A história de três bonecos de plástico, chamados vaca, cowboy e índio respectivamente, e das suas aventuras na sua aldeia, onde vivem numa casa rural que atrai todos os mais estranhos acontecimentos, entre eles o ataque de pinguins mecânicos. Tudo isto envolto numa história de amor entre o cavalo e uma égua. Há ainda que lembrar que todas as vozes do filme são aceleradas.
Porquê:Este é um filme sobre o qual tenho um interesse desmesurado, primeiro porque já estou farto de cinema de animação, todo repinocado (a pixar apesar de tudo é uma excepção), segundo, porque é fruto de uma liberdade criativa invulgar e de um humor invulgar (só alcançável pelo auxílio de drogas, creio eu). Sem actores famosos, sem história comoventes, sem efeitos de computador, um filme divertido e despretensioso. Ainda mais, é o primeiro filme de stop-motion apresentado em Cannes e vencedor do Audience Award no Fantastic Fest em 2009.

P.S.:Os títulos levam aos trailers

2 comentários:

Daniel disse...

Olá Ricardo, não sei se reparaste mas já respondi àquele post antigo sobre nomes de filme e traduções.

Ricardo-eu disse...

sim, já tinha reparado, mas obrigado, é que tenho andando ocupado e o blog anda a meio gás, mas assim já não tenho motivo para atrasar a publicação.