9.14.2009

Cinema Português em Marcha: O Anexo

Nos seis capítulos apresentados anteriormente (1, 2, 3, 4, 5 e 6), dei a conhecer 15 filmes portugueses (organizados por ordem crescente de interesse) e mais três co-produções estrangeiras.
Agora tomei conhecimento de mais dois filmes já terminados ou em fase de pos-produção que estrearão em breve: Cinerama de Inês Oliveira e Efeitos Secundários de Paulo Rebelo.

Cinerama é uma primeira obra de Inês Oliveira, realizadora da multi-premiada curta O Nome e o N.I.M. (Vison Globale, Grande Prémio do Festival de Angers, Melhor curta portuguesa em Vila do Conde, Prémio Revelação no 7º Festival Luso-Brasileiro), que agora se estreia nas longas com a produção da Clap filmes de Paulo Branco. Diogo Dória, Ricardo Aibéu e Sofia Marques constituem os protagonistas do filme que estará presente na secção competitiva para novos realizadores da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, sendo que a estreia se prevê para 2010. Depois do suicídio de um amigo, um conjunto de amigos querem que a empresa onde o amigo trabalhava assuma a sua responsabilidade pelo acontecimento, num gesto desesperado raptam o director da dita empresa; ao que parece a história não é linear e tudo se passa num mundo alternativo, por exemplo os estafetas da empresa em vez de entregarem as encomendas numa carrinha, fazem 'parkour' (fica aqui o depoimento do grupo de 'traceurs' que participou no filme como estafetas e ainda um vídeo disponibilizado pelo mesmo grupo com algumas cenas da rodagem).

Efeitos Secundários é também a primeira Longa de Paulo Rebelo, argumentista de O Fantasma e Odete, assim como o montador desses dois filmes de João Pedro Rodrigues, assim como de Terra Sonâmbula. Este é um filme apoiado pelo ICA e pela RTP e produzido pela C.R.I.M. (Christine Reeh e Isabel Machado são as fundadoras, às quais se juntou Joana Ferreira), para a qual este projecto também é a primeira longa, sendo que o filme era para estrear em 2008 e isso só virá a acontecer em 2010. O filme conta com as participações de Nuno Lopes, Maria João Luís e Rita Martins. A trama gira em volta de uma mulher, cabeleireira, viúva e solitária, que passa a vida a ajudar os animais abandonados (podem consultar a escola de cães - Azeicão - donde o cão-actor do filme vem, analisando o curriculum do snow-ball, na imagem), quando um dia decide ajudar um miúda (abandonada) seropositiva, deste evento criam-se uma série de complicações ajudadas pela romance com um pescador. No Making Of Europa, podemos ver um vídeo da rodagem, uma entrevista com o realizador, outra com a produtora, uma com a directora de fotografia e ainda duas com Nuno Lopes e Maria João Luís. Podem ainda ler uma entrevista ao realizador do Notícias do Norte onde nos é explicado que da mesma forma como Fassbinder transpôs Tudo o que o céu permite para Munique em O Medo come a Alma, Rebelo propôs-se a passar o filme de Sirk para a Costa da Caparica onde foi inteiramente filmado. O filme também foi selecionado para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A banda sonora está a cargo da jovem banda 'Os Tornados'.

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